Previsões do imprevisível

Volta e meia me pego com vontade de voltar a escrever. E como estamos em épocas de promessas (quase nunca) realizáveis de ano novo, decidi que é a hora. Portanto, (os quase nenhum leitores e leitoras) preparem-se para as agonias de passar a vista nestas dolorosas linhas.

O período é fértil de pautas sombrias. Enchentes, vazantes, coronas, influenzas, más influências, negacionismo, desemprego, eleições polarizadas, calotas polares derretendo. Papos de boêmios sabedores de tudo depois da terceira cerveja soltar as línguas e imaginações.

A mais atual variante do Covid-19 é a Ômicron, a décima quinta letra do alfabeto grego, o que nos mostra que já houve mais mutações do vírus do que poderíamos imaginar. Volta a obrigatoriedade do uso de máscaras em todo o mundo (exceto bolsonaristas, trumpistas et caterva).

Esse é o ponto. Estamos vivendo a realidade imaginada por filmes distópicos? Parece que sim. Máscaras para evitar contaminações, segregação vacinal entre países pobres e ricos, medo de ir às ruas, desconfiança de qualquer pessoa que se aproxime, distanciamento.

Vírus se espalhando, chuvas alagando todas as regiões do país, negros espancados no meio das ruas, travestis executados, terreiros incendiados, cristãos fundamentalistas armados para matar.

2022 promete. Tomara que meu pessimismo esteja errado.

4 comentários

  1. Ana Paula Soares disse:

    E a trilogia segue para sua terceira temporada… será que teremos uma série?!

  2. Lucio disse:

    De um lado, a leitura de um passado de erros, de outro, a de um futuro nebuloso

  3. Mercia disse:

    Eu também espero que teu péssimo esteja errado, muito embora eu duvide, cada vez mais nos afastamos da possibilidade de viver em um mundo tranquilo. Excelente texto👏🏾👏🏾👏🏾

  4. Washington Couto Jr. disse:

    O importante é continuar assim, tendo mais dúvidas que certeza. Em frente!

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